O legalismo venceu o bom senso
Data da Postagem: 10/08/2022
A reunião do Conselho Deliberativo do Grêmio, segunda-feira (8), na Arena, não tinha o objetivo de apreciar a legalidade ou não do Plano de Regularização dos sócios em atraso no período de pandemia. Isso o Jurídico do clube e a Comissão de Assuntos Legais do CD fizeram, afirmando, com boa fundamentação que, na medida em que a direção criou essa possibilidade de regularização, com o entendimento de excepcionalidade, os sócios regularizados voltariam a adquirir todos os seus direitos, até porque não houve mudança nos números de matrícula.
O debate, então, não poderia ter priorizado as questões legais, e sim as questões de política de gestão em favor do Grêmio. Afinal, basta observar a tabela apresentada na reunião, sobre o perfil e os setores ocupados pelos sócios que estavam inadimplentes, para concluir que foi uma questão econômica e social.
Essa era a temática que deveria ter prevalecido no debate. Não tem relação com casuísmo jurídico ou estatutário. E sim de reconhecer que muitos sócios tiveram dificuldades, em razão das excepcionais condições impostas pela pandemia, que convulsionou o mundo, para manter seus pagamentos em dia. Além do que, na situação atual do clube, é fundamental resgatar sócios e permitir que voltem, não só a contribuir, mas também a exercer seus direitos estatutários de votar e serem votados.
A decisão do CD do Grêmio, portanto, instituiu uma nova modalidade: o sócio pela metade, que pode assistir aos jogos na Arena, mas não tem o direito de exercer seu poder de associado. Faltou sensibilidade da maioria dos conselheiros (122 a 94) de entender que o legalismo é importante, mas não pode se sobrepor ao bom senso e à boa política.
O Movimento Grêmio Vencedor - MGV lamenta a falta de compreensão e sensibilidade que impedirão que um número significativo de associados tornem nossa eleição mais democrática e participativa.